kata


Pinan



                                               
Pinan (em japonês: 平安 ピンアン) é uma série de katas praticados no caratê presentes em vários estilos da arte. Sua origem está na ilha de de Oquinaua e sua autoria é apontada em Anko Itosu, quem os compilou de katas mais antigos, como Kushanku e Gojushiho em formas adequadas para o ensino inicial da arte marcial.
Quando Gichin Funakoshi passou a difundir o caratê pelo Japão inteiro, ele mudou o nome dos katas para Heian, que pode ser traduzido como "mente tranquila", e reorganizou a ordem dos mesmos, invertendo o primeiro e o segundo da sequência tradicional.
                                                                          

História


  • Reza uma das histórias sobre a origem do kata Pinan que Anko Itosu aprendeu um kata de um homem de origem chinesa que vivia em Oquinaua. Aquele kata era chamado de Chiang Nan, o que na língua nativa da ilha foi aproximado foneticamante e até ser pronunciado Channan. A forma original do kata Channan está perdida. Como o mestre considerava a forma muito extensa, dividiu e moldou os cinco novos, porque julgou ser mais fácil de aprender, e o fito era ensinar habilidades motoras específicas e uma sensação de movimento corporal específica de formação para jovens estudantes que tentam aprender o caratê.
    Apesar do romantismo lendário, aponta-se uma incongruência sobre a historicidade da versão. Num relato duma reunião Itosu com um aluno seu e com os alunos mais jovens sobre como executar um kata que acabara de criar para o seu dojô. O aluno entonces comentou que nunca o tinha visto e perguntou o que era chamado. Meste Itosu respondeu que o nominava de "Channan", mas que ele não estava feliz com o mesmo, posto ser muito tempo e ter pontos fracos. Desta feita, alguns especulam que Itosu pegou aquela forma original e a dividiu, criando os outros cinco katas.
    Parece ser mais provável que Anko Itosu tenha criado um kata usando as técnicas mais vetustas de Kushanku, Jion e talvez Bassai-Dai, com o escopo de fazer uma ligação entre as técnicas mais básicas e mais avançadas, uma forma de introdução à arte marcial, na qual seriam usados movimentos que seriam familiares ao neófito quando começasse a treinar. Após a conclusão, contudo, ele mudou de ideia sobre ter um kata extenso o subdividiu em cinco. Um dos fatores que indicam essa ideia é que existem ainda hoje os kihons katas, os quais são usados pelos professores como forma de apresentar os alunos a técnicas mais avançadas do caratê.

O conjunto é composto por cinco katas. O criador do estilo Shotokai, dizendo que as técnicas do segundo kata trazia técnicas mais básicas, ensinava-o por antes e formalizou a reorganização com seu renomeio. Contudo, as escolas mais tradicionalistas mantiveram a nomenclatura. Todos oskatas iniciam com um movimento de defesa para a esquerda, o que denota sua principal característica, que é a não-agressão: o caratê, como arte marcial, deve ser uma arte de defesa, de mãos limpas, de quem sempre superpõe a paz a outros aspectos.



Pinan shodan

(em japonês: 平安初段) ou Heian Nidan
Pinan nidan
(em japonês: 平安二段) ou Heian Shodan
No estilo Shotokan, inicia com uma gedan-barai; já nos Shito-ryu, Shorin-ryu e Wado-ryu, com um tetsui-uchi.

Pinan sandan

(em japonês: 平安三段)

Pinan yondan

(em japonês: 平安四段)

Pinan godan

(em japonês: 平安五段)

Pinan dai(em japonês平安大)

kata Pinan grande, cuja prática paracer ser feita nalgumas escolas, é uma amálgama de todos os cinco. A ordem na qual a sequência executadas é alterada para uma formação simples e básica para misturar naturalmente os katas, sem quebra. Importante notar que este kata, posto que tenha origem oquinauense, engloba os elementos básicos do Budismo para harmonizar os elementos terra, água, fogo, ar e éter, como delineados no período Heian japonês.



                           Heian Shodan
                
                           Heian Nidan


                           Heian Sandan


                           Heian Yondan


                            Heian Godan




Naihanchi

                       
Naihanchi (em japonês: 內步進?) é o nome de uma série de katas, a qual era único e extenso kata, que foi repartido em outros três menores: shodannidan e sandan. O mestre Gichin Funakoshi, quando passou a introduzir o caratê em todo o arquipélago japonês, modificou seu nome para Tekki (em japonês: 鉄騎) e também alterou a base em de execução de naihanchi dachi (em japonês: 內步進立ち?) para kiba dachi (em japonês: 騎馬立ち?).

História

Originalmente, tratava-se de um kata longo, que seria praticado por um chinês que vivia em Tomari. Esse mestre te-lo-ia ensinado ao mestre Sokon Matsumura, que o ensinou depois ao mestre Anko Itosu. É um exercício básico mas importantíssimo dentro do caratê, tradicional. Tão importante que Kentsu Yabu dizia que o caratê começa e termina com naihanchi.
A despeito da carência de fontes, a real importância do kata advem de sua longevidade, pois teria sido praticado mesmo pelos moradores ancestrais de Oquinaua, mesmo que não se tenham exatas referências acerca disso. Por outro lado, quando se estuda seu bunkai, pode-se notar a existência de técnicas de arremesso (nage waza), as quais indicam sua antiguidade, pois mostra técnicas correntes do sistema de torite, como bem ensinava o mestre Choki Motobu.
Uma provável ligação com a China reflecte-se no facto de o embusen do kata ser lateralmente linear, o que seria resultado de sua verdadeira origem, ligada aos defensores da Muralha da China, haja vista que eles não poderiam deslocar-se senão lateralmente, porque ocupados e preocupados com a defesa da construção em si e com eventuais atacantes, que avançariam pelos lados.
Aconteceu ainda de, em 1960, um praticante de wushu, do estilo da «Garça branca», chamado Daichi Kaneko, ensinou em Oquinaua uma técnica denominada nei shi (内侧). Esta técnica possui um movimento forte com as pernas, já conhecido naquelas, chamado de nami gaeshi (em japonês: 波返斬 ou 波返?), que serve para defender e para desestabilizar o adversário, atacando o tanden, tirando o equilíbrio. Interesante é que nei shi é pronunciado nohanchi no dialeto de Fuzhou. Tal circunstância parece confirmar tanto que o kata é de origem chinesa, como que era praticado há bastante tempo em Oquinaua, por causa dos golpes não restritos àqueles contundentes do caratê desporttivo.
Em Oquinaua, as escolas tradicionais aplicavam o treino de naihanchi como disciplina inicial do currículo, sendo prática corrente um aluno passar de dois a três anos sem praticar outros exercícios que não o kata.

Características

O embusen é totalmente linear, deslocando-se de uma lateral a outra, apenas.


                            Tekki Shodan


                           Tekki Nidan


                           Tekki Sandan



Bassai

Bassai (em japonês: 拔塞) é o nome japonês de um kata praticado no caratê, nos mais variados estilos. Assim, conforme o estilo «ryu (em japonês: )» ou a escola «ha (em japonês: )», há diversas variações as quais levam agregados os nomes dos autores. Tais variações recaem mais na forma longa do kata, Bassai-Dai (em japonês: 拔塞大), existindo uma outra de forma curta, ou Bassai-Sho (em japonês: 拔塞小?).
O escopo deste kata reside na ideia de converter uma situação desvatajosa numa outra de vantagem, por meio de uma reação forte e arrojada, na qual se permutam bloqueios e desvios e diferentes intensidades de força. O espírito de execução do kata Bassai deve ser preciso, com especial cuidado à feitura ligeira das técnicas e ao equilíbrio adequado entre velocidade e força.
São geralmente classificados como katas intermediários.



                            Bassai Dai
                                  


                              Jion


Jion (em japonês: 慈恩) é um kata do caratê, originário da regiâo no entorno da cidade de Tomari, que é praticado em vários estilos da arte marcial. Costuma-se agrupar o kata com outros dois, jiin e jitte formando o chamado grupo de katas do tempo, porque seriam formas remanescentes praticadas no tempo Jion-ji.

História

As origens do kata são obscuras. Umas fontes remetem ao tempo Jion-ji, localizado no em Yamagata, na ilha principal do Japão. Como tal localização é deveras distante de Oquinaua, essa origem é questinával. Outras fontes indicam a China. De facto, o kata foi ensinado por Sokon Matsumuraa Anko Itosu, que, por sua vez, o teria levado até o mestre Hanashiro Chomo e juntos reformularam-no para ser mais adequado às tradições de Oquinaua, sendo, pois, ligados aos estilos de Shuri e de Tomari e tendo penetração entre 1663 e 1680.

Características

O nome, em tradução literal, quer significar «bondade e caridade». Um nome dissonante quando se levam em conta as técnicas poderosas que o compõem. Tal característica levou o mestre Funakoshi, quando formava sua escola, a tentar cambiar o nome para Shokyu (em japonês: 消去eliminação).
Os movimentos do kata ensinam como fazer transições, com rotações e mudanças de direção. No estilo shito-ryu, o kata possui 47 kyodos; no shotokan, 48.

                              Jion




                              Wanshu 


Wanshu (em japonês: 王酒 Wanshū) é um kata original do estilo Tomari-te de caratê.

História

Nos idos de 1683, foi pelo imperador chinês enviada uma delegação de cerca de quinhentas pessoas até o reino de Ryukyu; delegação esta liderada por Sappushi, que além de diplomata, era calígrafo, poeta e proeminente no estilo da Garça Branca dechuan fa (Shaolin). Diz-se ainda que ele seria o responsável por toda a região do oceano Pacífico. Durante sua estadia, pois, teria o mestre ensinado o kata aos autóctones de Oquinaua, posto ser esta a principal ilha do arquipélago.
Interessante, contudo, é o fato de o kata existir quase que exclusivamente nas cercanias de Tomari, sendo ligado inexoravelmente ao estilo de caratê homônimo, pelo que a forma teria sido repassada aos nobres da cidade.
Outra provável origem, ainda depositada no emissário chinês, seria a da compilação de suas técnicas por seus discípulos em Tomari, sendo depois nomeado de Wanshu em homenagem àquele, ou Wang ji.

Versões

Tradicionalmente, há duas variantes principais do kata, uma do mestre Kosaku Matsumora e outra, de Anko Itosu. Já no século XX, o mestre Gichin Funakoshi, adaptando a forma de seu mestre, criou um totalmente peculiar.

Matsumora no wanshu

Credita-se ao mestre Matsumora a preservação da variante mais vetusta do kata, bastante semelhante ao modo original como era treinado, sendo antes repassado pelo mestre Kishin Teruya.

Itosu no wanshu

O mestre Itosu aprendeu o kata com o mestre Gusukuma, de Tomari. À excepção da escola Matsubayashi-ryu, todas as variantes modernas são uma releitura da forma do mestre Itosu.

Empi

No estilo shotokan é conhecido como Empi (em japonês: 燕飛? voo da andorinha). A mudançca do nome, além de motivada por questões políticas, fez refletir no exercício os movimentos do pássaro, graciosos mas firmes.

                             Enpi



Jitte
Jitte ou Jutte, é uma arma usada para a pratica do Jittejutsu.
A palavra jitte significa dez mãos (ju=dez e te=mão). Este nome faz referência à força criada pela alavanca, capaz de desarmar ou quebrar as espadas.
Foi muito utilizada por policiais do Japão antigo, uma arma versátil de forma que podia acertar o pescoço e a cabeça ao mesmo tempo, mas seu uso primário era de ser uma espada defensiva que possibilitava desarmar sem matar.
Existem várias histórias sobre mestres do Jittejutsu que quebraram katanas ou desarmaram seus oponentes facilmente com a jitte.
Hoje em dia ainda existem diversos estilos de Jittejutsu. Entre eles podemos destacar o Ikkaku ryu, que é ensinado em conjunto com o Shindo Muso Ryu Jojutsu.

Origem

O Jitte era uma arma utilizada tanto pelos oficiais do governo de classe mais baixa, que não eram autorizados a utilizar a espada, quanto por samurais de categorias superiores. A cor do encordoamento do cabo podia designar o nível hierárquico de seu dono.
Na ilha de Okinawa existe uma variação da Jitte que foi feita com base em instrumentos agrícolas, chamada sai.

Características

  • Bastão de metal de aproximadamente 45cm
  • Um cabo de metal com encordoamento
  • Haste achatada projetada logo após o cabo, usada para prender espadas



                              Jitte




                                  Seisan


Seisan (em japonês: 十三 ou 十三歩?) é um kata do caratê original do estilo Naha-te, sendo adaptado pelos mestres de Oquinaua desde uma forma mais vetusta oriunda dos estilos de chuan fa da China, onde seria era chamado de Shi San Shou(em chinês: 十三手). Por outro lado, a despeito de suas características com movimentos circulares, havia versões contemporâneas do kata em Shuri.



História

Não há ligação explícita entre o kata Seisan de Oquinaua e a China, posto que haja formas correlatas praticadas naquele país. Porém, conjecturas apontam nesse sentido, por exemplo, desde o seu nome em chinês, sugere-se, como é propalado nos estilos de caratê, que o kata é combinação de treze técnicas.
A forma seria oriunda do estilo da «Garça branca» de kung fu, da província de Fujian.
O exercício recebe por vezes a alcunha de «kata unviersal», porque, posto que seja tido como originário do Naha-te, estilo que se acredita praticar a forma mais antiga, há também versões praticadas dentro dos estilos Tomari-te e Shuri-te. A despeito de tal fato, realmente o estilo Shotokan, que é verdadeiramente uma evolução do Shorin-ryu e consequentemente do Shuri-te, tem sua variante.

Hangetsu

No estilo Shotokan é conhecido como Hangetsu (em japonês: 半月 meia lua). Considera-se que este kata diverge em sua formatação (com sua execução moderada e controlo da respiração) dos outros do estilo, que muitas vezes é visto como uma evolução do estilo Shorin-ryu. Tem-se explicado isso pelo facto de o mestre Gichin Funakoshi ter treinado com Seisho Aragaki, um expoente dos estilos Naha-te e Goju-ryu.

Características

kata compila oito movimentos defensivos e cinco ofensivos e, entre a execução de uma e outra, as sequências possuem bastante contraste, no fito de realçar a adaptabilidade do lutador, com transições entre ligeiro e lento.
As técnicas rápidas e lentas, com eventuais explosões de energia, estão estabelecidas para serem executadas com o menos esforço possível, a fim de concentrar a força no exato ponto de impacto, quando são visados os pontos mais vulneráveis.

                                                      Hangetsu




                          Kushanku


Kushanku (em japonês: 公相君) é um kata praticado no caratê presentes em vários estilos. No estilo Shotokan-ryu recebe o nome de Kanku. Sua introdução se deu como tributo ao mestre de chuan fa Kushanku, que o levou desde a Chinasue conhecimento em artes marciais, deixando-os em Oquinaua, por quando em missão cometida pelo próprio imperador Tang.

Origem

Quando o mestre Kushanku esteve em Oquinaua, teve alguns alunos de sua arte marcial, dentre eles, Kanga Sakukawa, que se tornou proeminente, tendo ainda viajado com o até a China com Kushanku. Alguns acreditam o mestre chinês tenha ensinado o kata Kusanku a Sakukaw, que, depois da partida definitiva do diplomata, apenas nomeou, como forma de prestar homenagem. Todavia, os fatos têm apontado para que Sakugawa tenha compilado todas as técnicas recebidas em duas formas, longa e curta, denominando, aí sim, o kata com o nome de seu mestre.

Características e técnicas

Tradicionalmente, diz-se que o kata possui um repertório de golpes para serem usados durante a noite ou em ambientes na penumbra ou com pouca iluminação, haja vista que muitas das técnicas presentes (na forma mais antiga, praticada nos estilos Shorin-ryu e Shito-ryu) são evidentemente adaptadas a esse tipo de cenário. A finalidade, pois, é municiar o carateca com técnicas capazes de fazer frente a eventos fortuitos.
A bem da verdade, no mundo hodierno parece fazer pouco sentido aprender técnicas de luta noturna, tanto quanto era antes do advento da iluminação eléctrica, quando as populações nas cidades e no campo restavam mais sucetíveis a tomadas de assalto e emboscadas noturnas. Entretanto, como defesa pessoal, as técnicas contidas no kata Kushanku podem ser utilizadas hoje, posto no mundo atual haver várias situações nas cidades nas quais, em último caso, quando o embate é inevitável, seriam úteis.
Uma luta em ambiente escuro, a despeito de ser a priori considerada uma desvantagem, pode ser revertida para uma vantagem, de modo que as noções básicas de combate da noite estão todas inclusas no kata. Mas isso não quer dizer que essa é a única finalidade, pois o seu conjunto de golpes e defesas é bastante flexível.
Sucede, todavia, que há outras versões do kata, como a dos estilos Shotokan-ryu Wado-ryu, nas quais, devido às modificações impressas pelos criadores dos estilos, se astastaram das características originais.
Uma técnica bastante peculiar é prostrar-se ao solo e depois mirar para cima. O que muitos consideram uma medida de pouca utilidade, na verdade, mostra claramente uma técnica se luta sob o luar, pois o lutador fica abaixo dos golpes adversários e, simultaneamente, consegue enxergar melhor contra o céu estrelado, para desferir o golpe com mais eficiência. Outros, porém, consideram isso um técnica contra nage waza, como é abaixar-se e atacar co'as mãos as pernas do oponente.
Outra técnica que muitas vezes não é bem percebida é a de toque (torite waza), que dão proteção extra ao permitir localizar o adversário por intermédio do tato, pois com pouca luz não é possível confiar totalmente na visão.
kata, enfim, visa desenvolver a máxima atenção e os demais sentidos, além da visão: ao treiná-lo, o carateca trabalha a percepção de um ataque iminente e de distância e modos de revidar adaptáveis e estritos, pois co'a compreensão das técnicas faz com que não mais se desperdice energia, além do necessário, nem se assumam posturas rígidas, inflexíveis, mental e fisicamente. O kata Kusanku ensina a ativar os sentidos, focalizar a mente na percepção de perigo e elaboração da estratégia.

Notas

  1.  Dize-se que quando o mestre Funakoshi definiu que na sua escola o kata Kushanku teria um nome em japonês, levou em conta as técnicas para combate noturno. Tem em contra que a principal técnica é olhar em direcção ao céu, criou o nome Kanku (em japonês: 観空 Kankū, mirar o céu). Assim, posto que tais técnicas tenham sido alteradas, restando menos que nas variações mais tradicionais, o nome descreve mais importante técnica de luta.
  2.  O mestre Gichin Funakoshi alterou o nome do kata Kushanku com o fito de promover o caratê no resto do Japão, porque o nome original, na visão da sociedade japonesa do começo do século XX, impunha muita influência chinesa e tal circunstância gerava enormes dificuldade de aceitação.


                                                                Kanku dai


                             Chinto


Chinto (em japonês: 镇东 Chintō, combatente do oriente) é um kata praticado em vários estilos de caratê. Sua origem remonta a Oquinaua e aos estilos Tomari-te e Shuri-te, e tem como característica precípua a ligeireza. É praticado por vários estilos e escolas.

História

Quando Sokon Matsumura era o encarregado pela guarda real, aconteceu de naufragar nas costas de Oquinaua um chinês mestre de chuan fa, de nome Annan. O referido começou a causar problemas, furtando bens dos moradores locais. Matsumura, por causa de suas habilidades, foi enviado para resolver o problema e, eventualmente, enfretou o chinês, mas a luta não pendia para nenhum dos lados.
Com o impasse, Matsumura resolveu contemporizar e pediu que Annan lhe ensinasse suas técnicas e, em troca, Matsumura o ajudaria a volver para a China. Matsumura passou seis anos estudando com Annan e, findo este período, ele retorna para sua terra natal. Depois disso, o mestre de Oquinaua, no fito de preservar todos os conhecimentos recebidos pelo mestre chinês, compila um kata cognominado de Chinto, ou lutador do leste, combatente do oriente, até como forma de o homenagear.
Esta versão, contudo, não está isenta de questionamentos, haja vista que o exercício Chentou ou Chuto seria uma técnica de chuan fa.

Características

kata é composto por técnicas avançadas, apenas, muitos dos movimentos são sequências longas e intrincadas. É muito dinâmico e emprega uma grande quantidade de posições que exigem muita velocidade, equilíbrio e coordenação, tendo ainda muitos movimentos circulares. Suas aplicações práticas são inúmeras a se configurar um kata bastante adaptável.

Variações

Há três versões principais do kata Chinto, cuja diferença mor entre uma e outra é o embusen: uma da linhagem dos mestres Sokon Matsumura e Anko Itosu — deslocamento linear único —, uma de Kosaku Matsumora — deslocamento linear reto e lateral — e outra de Chotoku Kyan — deslocamento oblíquo.

Gankaku

Quando Gichin Funakoshi formou o estilo Shotokan, alterou o nome para Gankaku (em japonês: 岩鶴 garça sobre uma rocha), pois o kata possui moimentos na base da garça, ou tsuruashi dashi, pero as mudanças não se limitaram ao nome e foram bem mais profundas, com contribuições deYoshitaka Funakoshi. Esta variante foi compilada a partir da do mestre Kosaku Matsumora, do estilo Tomari-te. Pero, como seu embusen se desenrola próximo a uma linha reta, vê-se aí a influência do estilo Shuri-te. Por outro lado, as transições nas base tsuruashi dashi exigem mais do equilíbrio, resgatando os atributos acrobáticos e de fluidez.

Gankaku sho

No começo do século XXI, o mestre Hirokazu Kanazawa visou fazer memento de uma variante mais tradicional e passou a desenvolver a forma nomeada de Gankaku sho (em japonês: 岩鶴小), baseada na vetusta Tomari no chinto (em japonês: 泊の镇东) e introduzida na entindade chefiada por ele (SKIF).
Ainda segundo Kanazawa, a forma achega-se bastante àquela tradicional do estilo Tomari-te e aquela introduzida por Funakoshi é uma adaptação do original Gankaku sho. Continua, dizendo ser a principal razão para tal medida existirem muitas bases não corriqueiras nos outros kata do estilo, como iaigoshi dashishiko dashi e hachiji dashi, muitas mudanças de base a proporcionar a movimentação do tanden e técnicas de kaisho waza.


                             Gankaku
       
                            Nijushiho


                             Jiin


                            Bassai sho


                             Kanku sho




                               Chinte

Chinte (em japonês: 珍手 ou 镇定? mãos insólitas) é um kata praticado em vários estilos de caratê. Sua origem remonta a Oquinaua. Contém técnicas pouco ususais e, bem assim, contém movimentos circulares longos e movimentos ligeiros, os quais, para serem implementados, não precisa o praticante ter força física.

Notas

 Chinte: mãos estranhas; dizia-se que o kata conteria técnicas destinadas às mulheres, pero não é esse o caso, pois o real conteúdo são técnicas manuais que não precisam de força física para executar, isto é, até um iniciante, desde que estude diligentemente a forma, terá condições de repelir agressões. Em verdade, o kata contém técnicas que utiizam da canalização das energias (Ki).



                              Chinte






                             Wankan


Wankan (em japonês: 王冠 Ōkan, coroa real) é um kata praticado em vários estilos de caratê. Sua origem remonta ao estilo Tomari-te.

História

kata Wankan é uma das técnicas mais vetustas do te de Oquinaua, o qual era praticado em Tomari-te, passando depois por meio do estilo Shorin-ryu aos estilos modernos. Como os estilos Tomari-te e Shuri-te comungam de várias técnicas, a forma parece ter sido praticada também em Shuri.
Penetrando mais no passado, o kata aponta para antes do século XIX, chegando a Oquinaua através da ilha de Kudaka, para onde foi desde a China numa das formas de kenpo (Hakkyoku ken, provavelmente) pelas mãos de um artista marcial homônimo. 
Por outro lado, diz-se também que teria sido a forma particular da família real de Oquinaua, havia muitos séculos, pelo que sugere o nome wankan, ou "coroa real".
Quando o estilo Shotokan foi formalizado, em seu repertório técnico aparece um kata chamado Wankan, pero, a despeito de ser listado como forma avançada, é o mais curto de todos. Não constava de lista original do mestre Gishin Funakoshi e sua inclusão foi feita pelo filho do mestre, Yoshitaka Funakoshi, que começou a adaptá-lo para o escopo do estilo, porém, como é bastante curto em relação aos demais katas do estilo e às outras versões dos outros estilos, tem-se que esteja inacabado, pois seu desenvolvimento foi interrompido pelo falecimento precoce de Yoshitaka Funakoshi.
Wankan era o kata' preferido do mestre Shoshin Nagamine, fundador da escola Matsubayashi-ryu, do estilo Shorin-ryu.

Matsukaze

Como sucede com outros katas, há outras versões. No estilo Shito-ryu, a forma correspondente assume o nome de Matsukaze (em japonês: 松風 vento no pinhal). O nome não tem uma explicação final, mas se aponta sua origem para a época em que o caratê estava sendo introduzido no resto do Japão. Uma interpretação do diz que, em razão das técnicas executadas, tanto atemi waza quanto ne waza, de modo a incutir a adaptabilidade perante cada situação, como se o lutador fosse um prinheiro a cortar os ventos na montanha, isto teria sido a inspiração.

Características

O deslocamento se faz em linhas retas e sempre em frente, não há recuos, e, ainda que as versões variem mais ou menos, as mudanças de direção são angulosas, o que mostra nitidamente as ascendência em relação ao estilo Tomari-te. Outro reflexo dessa herança é que o kata apresenta maneiras de aproximação do oponente, de modo suave.
Também há a execução de movimentos ofensivos e defensivos simultaneamente e o emprego de torções e estrangulamentos.
Os ataques são direcionados a pontos vitais, no fito de logo paralisar um oponente e seguir enfrentando os demais; são visados três pontos básicos (jugular, plexo solar e garganta).
O embusen ora é em forma de L, ora, de T.


                             Wankan
 


                              Sochin


Sochin (em japonês: 壯鎭) é o nome de um kata comum a vários estilos de caratê. Sua autoria é atribuída a Seisho Aragaki, quem o trasmitiu a outros grandes mestres, criadores de outros estilos, como Kanryo Higaonna. Destarte, a despeito dos esforços despendidos, não há um consenso sobre qual a origem do kata, a qual estilo pertenceria primariamente, apesar de os descendentes do mestre ainda praticarem caratê e serem apontados como praticantes do estilo Goju-ryu, que é "descendente" do estilo Naha-te.

Shotokan

Sensei Funakoshi, quando incluiu o kata Sochin nos ensinamentos de sua escola, pretendia, como fizera com diversos outros, no fito de facilitar a introdução do caratê no resto do arquipélago nipônico, renomeá-lo para Hakko.
Conta-se, em tom anedótico, que a assimilação do kata pelo estilo se deu quando o mestre Funakosshi enviou seus mais graduados estudades ao Sensei Kenwa Mabuni — criador do estilo Shito-ryu — e, ao retornar ao dojo, fizeram as adaptações necessárias. Outros comentam que o real pela adaptação do kata foi o filho de mestre Gichin Funakoshi, Yoshitaka "Gigo" Funakoshi, o que parece ser mais plausível devido às discrepâncias entre a forma pratica no estilo Shito-Ryu e noShotokan/Shotokai.
Em que pese o kata ter sido alterado, conservou ainda sua execução precipuamente na base fudo dashi, que proporciona extrema solidez e estabilidade, bem como conservou os súbitos câmbios entre movimento rápidos/explosivos e lentos/concentrados.
                                                                                      
                                                                          Shochin
                                   


                            Rohai


Rohai (em japonês: 鹭牌 Rōhai, olhar do grou) é um kata do caratê, cuja criação é geralmente atribuída ao mestre Kosaku Matsumora ou a seu mestre Kishin Teruya, do estilo Tomari-te, mas pode ser restreado, com certa dificuldade, até as escolas de chuan fa em China.

História

A forma foi ensinada pelo mestre Kishin Teruya a seus disciípulos, dentre eles Kosaku Matsumora. Entretanto, sua conformação inidica que sua origem resida em China, pois as técnicas presentes mostram relação com o estilo da "Garça Branca" dechuan fa.

Variações

A partir do modelo "original", os mestres de caratê de Oquinaua imprimiram muito de suas personalidades na variações por eles criadas e ensinadas. Assim foi que passaram a existir as variações do mestre Sokon Matsumura, sendo preservada no esilo Shorin-ryu e suas escolas. Um aluno do mestre Matsumura, o também mestre Anko Itosu, desenvolveu outras três variações.

Rohai shodan

A primeira variante foi confeccionada com técnicas simplificadas e foi chamada de Rohai shodan (em japonês: 鹭牌初段). Esta forma inicia de maneira forta, semelhante ao original, pero conforme se desenrolam os movimentos, o deslocamento lateral é acerscentado e o alcance dos golpes é encurtado.

Rohai nidan

A segunda variante, chamada de Rohai nidan (em japonês: 鹭牌二段) é talvez a mais afastada de suas origens, eis que o forte laço representado pela base Tsuruashi dashi é ausente. Ademais, o kata desenvolve profundamente técnicas de mão espalmada &mdas; kaisho waza (em japonês: 開掌技?), como shuto uke em kosa dachi, e tai sabaki com a aplicação de golpes em guarda invertida (gyaku hanmi).
O embusen é feito em movimentos espelhados, pelo que se usam combinações de técnicas nas quatro direções e ambas as mãos são usadas simultaneamente. E da série é kata mais longo.

Rohai sandan

Como no nidan Rohai sandan (em japonês: 鹭牌三段?) não são técnicas típicas da não Matsumura Rohai, mas o início é dinâmica semelhantes aos do Kata. A sua duração é menor do que a de seu antecessor shodan, mas consideravelmente mais do que Rohai. As técnicas são muito semelhantes aos de Sandan Rohai Kushanku, pode-se especular por que, o Kata era realmente desenvolvido em primeiro lugar.

Rohai Sho/Dai

Há também as variações Rohai (em japonês: 鹭牌小) e Rohai (em japonês: 鹭牌大).

Meikyo

O mestre Gichin Funakoshi, ao desenvolver a versão para sua escola, baseou-se na segunda variação do mestre Itosu e chamou-a de Meikyo (em japonês: 明鏡 Meykiō, espelho brilhante/espelho d'alma). Todavia, posto que seja baseado na segunda forma, o kata em si é um conjunto da amálgama das três variações criadas por mestre Itosu. O nome adoptado pelo mestre Funakoshi eventualmente faz referência a uma lenda nipónica sobre a "deusa do sol".


                             Meikyo




                            Gojushiho

Gojushiho (em japonês: 五十四歩 Gojūshiho, cinquenta e quatro passos) é um kata do caratê, que foi originalmente praticado pelos estilos Shuri-te e Tomari-te.

História

A origem da sequência é, como a maioria das outras formas, encontrada no wushu chinês, estilo Fênix de Shaolin. Quando o kata foi portado para o estilo Shotokan, o mestre Gichin Funakoshi, ajudado por seu filho, além de o adaptarem ao escopo do estilo, criaram uma forma derivada, nomeando-os de gojushiho dai e gojushiho sho.

Características

É um kata muito extenso, como seu nome sugere. O vetusto nome de hotaku (啄木鳥), ou pica-pau, também faz menção às técnicas com as mãos em forma de cunha, ou bico (nukite).


                          Gojushiho sho


                          Gojushiho dai


                                   
                            Unsu



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